O saber como resistência I Coletânea ENAJUM/FORNAJUD

A presente obra é comprovação de conhecimentos, saberes e experiências do povo negro brasileiro, verdadeira expressão do amadurecimento das lutas iniciadas há séculos pelo movimento negro, gritando que negros são pessoas mediante rebeliões e quilombismos. Extinta a escravização, passa-se ao enfrentamento de angustiantes formas de discriminação. É o racismo estrutural que campeia nesta sociedade. E essas narrativas são inquestionáveis, os negros brasileiros devem sua cidadania ao movimento negro! Essas páginas resultam de pesquisas fundamentadas em informes científicos, bibliográficos, realidades vivenciadas conforme dados estatísticos e interseccionalidades, envolvendo das questões étnicas e de gênero às econômicas e demonstrando também desigualdades socioeconômicas. Encontramos também posicionamentos críticos às funções de poder (Legislativo, Executivo, Judiciário, Ministério Público), denúncias fundamentais para o Estado Democrático de Direito, conquistado a partir da Constituição Federal de 1988, uma vez que ainda sentimos falta de políticas públicas necessárias à inclusão social. Com narrativas plenas em ideias e análises, denunciam desigualdades e violências, demonstrando se tratar de articulistas estudiosos dispostos a revolver ranços escravistas e discriminatórios. São leituras que animam para a reconstrução da convivência propondo igualdade real entre as pessoas.