História do (mau) encontro entre a Igreja Católica e populações indígenas amazônicas. Maria Assunção e Rosa Maria, meninas indígenas educadas numa missão religiosa, são levadas por missionárias para trabalhar na casa de famílias ricas de Manaus, e de lá precisam traçar seus caminhos para a liberdade. Como os povos indígenas poderiam imaginar que aquele punhado de homens que aqui desembarcaram, em 1500, seria capaz de acabar com o mundo que conheciam até entãoo Plantas, animais, rio, terra, serras e gentes, tudo quanto havia neste lugar que viria a se chamar Brasil ou cedeu ante o domínio colonial ou foi exterminado. Era o impensável. Um rio sem fim conta essa história precisamente sob a inédita perspectiva do impensável. A prosa de Verenilde Pereira é robusta, circunspecta e sofisticada. Repleta de dobras poéticas, expressa uma imaginação literária miraculosa. O olhar indígena - projetado nas figuras de Maria Assunção e Maria Rita - que anima o espírito do livro é movido por um profundo desejo de liberdade, redenção e desagravo. Walter Benjamin tem uma passagem famosa na qual pressagia que "nem os mortos estarão em segurança se o inimigo vencer. E esse inimigo não tem cessado de vencer." Verenilde Pereira escreve para pôr termo a esse ciclo.
- Título: Um rio sem fim
- Autor/a: PEREIRA, VERENILDE S.
- Marca: Alfaguara
- Área: Literatura brasileira
- Idioma: PORTUGUÊS
- Nº de páginas: 184
- Ano: 2025
- Peso: 0.312
- Encadernação: Livro brochura (paperback)
- Formato: 23 x 15 x 1
- ISBN: 9788556522689