Sobre o livro
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Podemos dizer que, em Ninguém acendia as lâmpadas, há um protagonismo de objetos e elementos inanimados. Eles gravitam pelas histórias e ganham papéis importantes nas tramas, como se tivessem uma vida secreta. Temas como nostalgia e sonhos se destacam e, muitas vezes, a realidade é fantasiada e distorcida pelos personagens excêntricos. Existe uma delicadeza, uma mágica, uma força estranha entre eles. Não é incomum que os objetos apresentem características humanas, como se tivessem alma. Nestes contos, o cotidiano e o sonho coexistem, rompendo com tudo aquilo que encaramos como normal. A penumbra e a luz sob objetos e cenários são descritos recorrentemente nas narrativas e corroboram para a sensação de mistério que existe nas histórias. Segundo Jorge Monteleone (2015), a estratégia de Felisberto em seus contos era de apenas revolver o mistério, e não resolvê-lo. Normalmente os finais apresentam mistérios ainda maiores do que o mistério inicial, causando assim, nas palavras de Monteleone, a inefabilidade de uma epifania poética . Felisberto Hernández era obcecado pelo mistério. Aproveite-o.
Ficha técnica
- Título: Ninguém acendia as lâmpadas
- Autor/a: HERNANDEZ, FELISBERTO
- Marca: Coragem
- Área: Literatura estrangeira
- Idioma: PORTUGUÊS
- Nº de páginas: 198
- Ano: 2023
- Peso: 0.298
- Encadernação: Livro brochura (paperback)
- ISBN: 9786585243063